Para complementar eu faço bicos. Recebo R$ 30 de um, R$ 40 de outro e aí vou juntando para comprar as coisinhas da semana. Comemos humildemente, pelo menos duas vezes por dia”, contou o homem. A situação de Artemizo e Sandra é apenas mais um dos exemplos que ilustram o mapa da insegurança alimentar no Piauí. O Estado tem o segundo pior índice de fome no Brasil, conforme pontuou a pesquisa.
Com os números alarmantes, o Piauí é o estado que possui o maior número de famílias inscritas em programas sociais. Em 2022, 266 mil residências piauienses tinham moradores dependentes de programas como o Bolsa Família. 47.938 famílias seguem na fila para receber esses benefícios.
O Consultor de Políticas Públicas Roberto Oliveira destacou que somente o Bolsa Família é insuficiente para diminuir os índices negativos do Estado.“Precisamos ter ações complementadas e estratégicas que possam favorecer também o pequeno agricultor e produtor, com acesso à tecnologia e água, dentre outros fatores. Assim, poderemos voltar a tirar o Brasil do mapa da fome”, explicou Roberto.
Em Teresina, 104.336 famílias recebem o benefício do Governo Federal